10 de novembro de 2011
8 de novembro de 2011
26 de outubro de 2011
Imagens e visões
Não resisto a postar esta foto do fotógrafo João Romba, um grande amigo e colaborador do Arquivo de Memória, e que foi tirada durante uma das actividades que organizámos no último ano lectivo. Há poucas imagens que revelem tão bem o diálogo intergeracional. Esta é uma delas. Obrigado João.
9 de outubro de 2011
27 de setembro de 2011
Poema da eterna presença
Estou, nesta noite cálida, deliciadamente estendido sobre a relva,
de olhos postos no céu, e reparo, com alegria,
que as dimensões do infinito não me perturbam.
(O infinito!
Essa incomensurável distância de meio metro
que vai desde o meu cérebro aos dedos com que escrevo!)
O que me perturba é que o todo possa caber na parte,
que o tridimensional caiba no dimensional, e não o esgote.
O que me perturba é que tudo caiba dentro de mim,
de mim, pobre de mim, que sou parte do todo.
E em mim continuaria a caber se me cortassem braços e pernas
porque eu não sou braço nem sou perna.
Se eu tivesse a memória das pedras
que logo entram em queda assim que se largam no espaço
sem que nunca nenhuma se tivesse esquecido de cair;
se eu tivesse a memória da luz
que mal começa, na sua origem, logo se propaga,
sem que nenhuma se esquecesse de propagar;
os meus olhos reviveriam os dinossáurios que caminharam sobre a Terra,
os meus ouvidos lembrar-se-iam dos rugidos dos oceanos que engoliram
continentes,
a minha pele lembrar-se-ia da temperatura das geleiras que galgaram sobre a
Terra.
Mas não esqueci tudo.
Guardei a memória da treva, do medo espavorido
do homem da caverna
que me fazia gritar quando era menino e me apagavam a luz;
guardei a memória da fome;
da fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez estender os lábios sôfregos para mamar quando cheguei ao mundo;
guardei a memória do amor,
dessa segunda fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez desejar a mulher do próximo e do distante;
guardei a memória do infinito,
daquele tempo sem tempo, origem de todos os tempos,
em que assisti, disperso, fragmentado, pulverizado,
à formação do Universo.
Tudo se passou defronte de partes de mim.
E aqui estou eu feito carne para o demonstrar,
porque os átomos da minha carne não foram fabricados de propósito para mim.
Já cá estavam.
Estão.
E estarão.
António Gedeão, in 'Poemas Póstumos'
de olhos postos no céu, e reparo, com alegria,
que as dimensões do infinito não me perturbam.
(O infinito!
Essa incomensurável distância de meio metro
que vai desde o meu cérebro aos dedos com que escrevo!)
O que me perturba é que o todo possa caber na parte,
que o tridimensional caiba no dimensional, e não o esgote.
O que me perturba é que tudo caiba dentro de mim,
de mim, pobre de mim, que sou parte do todo.
E em mim continuaria a caber se me cortassem braços e pernas
porque eu não sou braço nem sou perna.
Se eu tivesse a memória das pedras
que logo entram em queda assim que se largam no espaço
sem que nunca nenhuma se tivesse esquecido de cair;
se eu tivesse a memória da luz
que mal começa, na sua origem, logo se propaga,
sem que nenhuma se esquecesse de propagar;
os meus olhos reviveriam os dinossáurios que caminharam sobre a Terra,
os meus ouvidos lembrar-se-iam dos rugidos dos oceanos que engoliram
continentes,
a minha pele lembrar-se-ia da temperatura das geleiras que galgaram sobre a
Terra.
Mas não esqueci tudo.
Guardei a memória da treva, do medo espavorido
do homem da caverna
que me fazia gritar quando era menino e me apagavam a luz;
guardei a memória da fome;
da fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez estender os lábios sôfregos para mamar quando cheguei ao mundo;
guardei a memória do amor,
dessa segunda fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez desejar a mulher do próximo e do distante;
guardei a memória do infinito,
daquele tempo sem tempo, origem de todos os tempos,
em que assisti, disperso, fragmentado, pulverizado,
à formação do Universo.
Tudo se passou defronte de partes de mim.
E aqui estou eu feito carne para o demonstrar,
porque os átomos da minha carne não foram fabricados de propósito para mim.
Já cá estavam.
Estão.
E estarão.
António Gedeão, in 'Poemas Póstumos'
22 de setembro de 2011
15 de setembro de 2011
Workshop IES + Susana António no Museu do Côa
No passado sábado, dia 10 de Setembro, o IES (Insituto de Empreedorismo Social) e a Susana António, por parte da Gulbelkian, vieram ao Museu do Côa desenvolver um Workshop sobre Modelo de Negócio Social, Avaliação de Resultados e Medição de Impacto. Para além do Arquivo de Memória, estavam também presentes outros projectos ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Humano "Entre Gerações", da Fundação Calouste Gulbelkian. Mais uma vez foi um dia em que se discutiram ideias e se adquiriram ferramentas para um futuro sólido e sustentável do nosso projecto. Obrigado a todos que estiveram por cá e um agradecimento ao Museu do Côa por nos ter cedido um espaço tão bonito e inspirador.
12 de setembro de 2011
Frase do dia - de Marquês de Maricá
A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é mais extenso.
7 de setembro de 2011
1 de setembro de 2011
"Intacta Memória", de Sophia de Mello Breyner
Intacta memória - se eu chamasse
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.
14 de agosto de 2011
15 de julho de 2011
Bolas de azeite no forno a lenha
Ontem, mais uma vez, fomos muito bem recebidos na pequena aldeia do Orgal. Estávamos a prepara o início das entrevistas, quando a D. Leonor nos chamou para irmos assistir ao processo do pão no forno a lenha. As bolas de azeite estavam deliciosas, de comer e chorar por mais. Nada como o sabor de um produto feito à mão, com a sabedoria dos antigos. Obrigado D. Leonor, D. Carolina e Sr. Acácio!
12 de julho de 2011
30 de junho de 2011
21 de junho de 2011
Fotos da exposição
O ano lectivo acabou, e o Arquivo de Memória resolveu mostrar a toda a comunidade o trabalho desenvolvido desde Setembro do ano passado até agora. A exposição foi pensada e montada com a Rita, a Ana Carolina e o David, do 12ºA. Fica até ao final deste mês. Esperamos pela vossa visita.
7 de junho de 2011
Exposição Arquivo de Memória
O Arquivo de Memória está a organizar uma exposição com todo o trabalho desenvolvido durante o ano lectivo, em colaboração com os alunos da Escola Secundária Adão Carrapatoso. Dia 10 de Junho, às 16h, no Centro Cultural de Foz Côa. Estão todos convidados! Se por acaso vive longe, é uma óptima oportunidade para vir conhecer esta fantástica região e o nosso projecto.
1 de junho de 2011
Caravana Visão
A revista Visão esteve em Foz Côa e os alunos do 7º A deram o seu testemunho sobre o Arquivo de Memória. Veja aqui a notícia.
20 de maio de 2011
Mais uma importante conquista para o desenvolvimento e disseminação do nosso Arquivo!
A Comissão Nacional da UNESCO - CNU - e a Acôa - Associação de Amigos do Parque e Museu do Côa - têm o prazer convidar V. Exa. para a cerimónia de assinatura do protocolo entre as duas entidades para a criação do Clube UNESCO Entre Gerações. Este Clube terá como base de acção o projecto Arquivo de Memória do Vale do Côa, apoiado pelo Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano Entre Gerações. O evento terá lugar no próximo dia 28 de Maio, pelas 10.00h no auditório do Museu do Côa.
3 de maio de 2011
Desenhos com gente dentro
Na semana passada tivemos connosco a artista Maria Lino que nos ajudou a preparar uma actividade à volta do desenho. Foram dois dias intensos e reveladores. Cada traço traz ao papel a pessoa que o fez, a forma como observa o mundo. Para a aula do 7º ano, preparámos uma surpresa e levámos os mais velhos para a sala de aula. Os alunos tinham que fazer retratos dos idosos e vice-versa. Aqui estão alguns resultados: lindos!
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